O andamento das primeiras pesquisas educacionais de pós-graduação, financiadas pelo programa Observatório da Educação, começa a ser
apresentado nesta quarta-feira, 2, e se encerra na quinta-feira, 3, em
Brasília. O 1º Seminário do Observatório da Educação, no auditório da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC),
reúne os coordenadores dos 28 projetos de pesquisa iniciados em 2006,
com a criação do programa.
O Observatório estimula programas de mestrado e doutorado a realizar
pesquisas educacionais a partir de informações oferecidas pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC). Os grupos de
pesquisa financiados devem analisar dados dos censos da educação
superior e da educação básica, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),
da Prova Brasil e do Cadastro Nacional de Docentes, entre outros
disponíveis nos bancos de dados do Inep.
"Essa é uma massa de dados muito pouco utilizada em pesquisas",
justifica o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes. O diretor de
Educação Básica da Capes, Dilvo Ristoff, acredita que os dados precisam
de interpretação qualitativa. "Esses dados, se não contextualizados no
tempo e no espaço, não têm significado", afirma. Para ele, as pesquisas
permitem conhecer melhor as escolas, os professores e os alunos. "Com
elas, é possível construir políticas ancoradas em interpretações sólidas
dos dados."
Até agora, foram destinados cerca de R$ 2 milhões por ano para financiar as pesquisa. "Mas o nosso orçamento terá aumento significativo, para R$ 5,5 milhões", informa Ristoff.
Dois anos após a abertura do primeiro edital do programa, os grupos de pesquisa de mestrado e doutorado vêm a Brasília apresentar o trabalho realizado e trocar experiências sobre a pesquisa com dados educacionais. Há a expectativa de que os grupos possam continuar os estudos nas universidades de origem após o fim do financiamento do Observatório da Educação, que dura quatro anos.
Resultado de parceria entre Inep e Capes, o programa recebe o apoio da
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
(Secad/MEC) no edital de 2008. Os novos grupos de pesquisa terão de
apresentar projetos relacionados a educação básica, superior,
profissional e tecnológica, continuada, a distância, de jovens e
adultos, no campo, quilombola, especial e integral. As pesquisas devem
ter como prioridade a formação de professores. O edital deve ser lançado
ainda este mês.
Assessoria de Comunicação do MEC